Meus caros, como já alguém disse já que “o sistema político
não é capaz de gerar soluções consensuais e duradouras para uma das maiores
crises da nossa história, então a verdadeira solução terá de ser encontrada
fora do próprio sistema” e ponto final. Eleições antecipadas?! Milhares de
euros gastos para ter mais do mesmo. Sim, porque o Seguro não tem nada de
seguro e não tem de todo capacidade para liderar um governo, tal como sempre
considerei que o Passos Coelho não tinha. Nós precisávamos de uma espécie de,
como diz o meu marido, “democracia musculada”, em que houvesse pulso firme nas
decisões e que estas fossem assertivas, em prol da prosperidade do nosso
pequeno país.
Não percebo porque é que os partidos da nossa
democracia não põem de lado as suas divergências partidárias e até ideológicas
para mobilizar as vontades e recursos nacionais para a combater a crise que se
instalou de vez no nosso país, já que batem tanto com a mão no peito para falar
em nome dos portugueses. Esta crise é fruto de 39 anos de má gestão política e
que nós, hoje, estamos a pagar. Apesar de ainda haver por ai muita gente a
pensar que a solução está na queda do governo e da mobilização das pessoas para
eleições antecipadas. Meus caros, teremos mais do mesmo ou então teríamos visto
na boca da oposição ao governo SOLUÇÕES práticas e efetivas, curtas e grossas, para
resolver este grande problema que se abateu. A queda do governo apenas vai
fazer o seguinte: que de “hoje para amanhã” não haja dinheiro para pagar os
salários. Perante a instabilidade é quase certo que a Toika fecha a torneira.
Veja-se a bolsa de Lisboa a descer e os juros da dívida ao aumentar apenas com
a demissão de Paulo Portas. Os dois maiores partidos portugueses, PS e PSD, não
conseguem deixar os poderes instalados de lado e reunir forças para salvar o
país da banca rota. Mais do que nunca, urge um governo de Salvação Nacional. Para isso precisamos de um Presidente da República à altura.
Pois… não temos!
Atrevo-me a dizer que o PSD tem um problema chamado Pedro
Passos de Coelho e o PS tem outro, chamado António José Seguro. A verdade é que
temos uma péssima classe política em todas fações. Face a isto, quiçá Rui Rio
ou António Costa (dentro dos partidos não vejo outros...) resolvam ter uma postura
mais interventiva a nível nacional (já que o tiveram a nível local) e liderar.
Bom bom seria partilharem a liderança… mas nenhum tem perfil para isso, com
muita pena minha.
Meus caros, hoje chamam isto tudo a "opera bufa" e é verdade... qual Big Brother, este sim, VIP. Infelizmente! Estamos mas é todos lixados...