sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dia 5 de outubro - mudanças num destino sem futuro!

Hoje comemora-se a Implantação da República Portuguesa. Esta foi resultado de um golpe de estado, organizado pelo Partido Republicano Português, no dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. E porquê? A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social,  a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade, entre outras coisas, contribuíram para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa . A República foi proclamada, após a relutância do exercito em combater os cerca de 2000 soldados e marinheiros revoltados,  e um governo provisório chefiado por Teófilo de Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911, que deu início à Primeira República.



Volvidos 102 anos após esta revolução que traçou as primeiras linhas da República Portuguesa, vimo-nos a braços com, mais uma vez, descontentamento e desejo de mudança.

Face aos últimos acontecimentos, motivados pela condução da política económica do nosso país, Portugal na voz mais expressiva do seu povo, pacificamente, disse mais uma vez NÃO a políticas tão dramáticas como podiam ser catastróficas, que almejavam a implementação da TSU. Os nossos governantes, mais uma vez, aprenderam a lição e recuaram. Foram apresentadas novas medidas de austeridade, no entanto, apesar de não reunirem o consenso  (convenhamos que dificilmente isso vai acontecer, seja qual for a política adoptada!), salvaguardam os interesses daqueles que sendo a maioria do nosso país (infelizmente!) auferem rendimentos muito baixos. Claro que não há bela sem senão, e a classe média e média alta vai pagar a patente! Ao meu bolso, vão e muito!

Tenho ouvido algumas vozes dizerem "Ah mas eu não tenho de pagar porque não tenho culpa da dívida do país!" - provavelmente não! Se calhar a malta dos 30 e tal ou poucos (quanto a mim os mais lesados pela crise instalada!) não têm assim tanta culpa. Mas e os nossos paizinhos? Será que não? Bom... não interessa nada, sendo que os mais culpados serão aqueles que ao longo de um século de sucessivas mudanças, nunca mudaram o essencial. Ano após ano foram cavando um poço, que hoje se vê bem fundo e que nos faz submergir na incapacidade de dar a volta por cima. Politicas mal equacionadas, visando interesses puramente umbilicais. A última vergonhosa de que se soube foi a  do concessionário do comboio da Ponte 25 de Abril (ver aqui) ou melhor Ponte de Salazar - figura que, boa ou má, pertence à história de Portugal e que tão bem mandou construir aquela ponte! A isto só tenho uma coisa a dizer: o lugar de criminosos é na cadeia! Se bem que até isso sai caro... podiam sempre começar os cortes por ai! Adoptavam a pena de morte e tudo o que é pedófilos e violadores OUT! Depressa deixaríamos de ter despesas com esse tipo de gente!

Bom, não querendo desviar o assunto... compreendo que nos tenham de ir ao bolso de alguma forma, seja qual for o tipo de medida, mas se calhar conseguiam aliviar a malta um "cadito" ( e sou chata nisso!) se reduzissem também o número de deputados, sobretudo aqueles que de manhã são deputados e à tarde são advogados (e mais não digo!), reduzissem as inúmeras autarquias desnecessárias (compreendo que sejam "a voz do povo" para alguns partidos políticos, mas que se lixem!), reduzissem mais (e sem medo!) as fundações "sabe-se lá do quê" e revissem tudo o que é PPP, acabando com elas! Para não falar da regalias ridículas dos secretários e adjuntos e demais corja têm! Se isso terminasse, aí sim, via que não era só a mim que vinham ao bolso!
 Lutaríamos todos com mais dignidade!

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