terça-feira, 1 de outubro de 2013

Já é tudo à descarada! (posted to 22/09/2013)

Eis que este sábado surge a notícia que a mulher do ministro da educação e cultura, professora Luísa Araújo, foi nomeada pelo Ministério da Educação e Cultura como membro do conselho científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Pelo que o ministro da educação e cultura, Nuno Crato, se veio a adiantar dizendo que nada teve a ver com o processo de nomeação da mulher para o cargo, bem como depressa o seu ministério advertiu que este cargo não tem remuneração efetiva. Agora pergunto eu: - Eeeeeee????? Quanto a mim deve ser "função não remunerada" ao estilo de Sócrates comentador político na RTP! Na verdade, por mais estranho que pareça, a classe política no nosso país considera que ter motorista, ajudas de custo, senhas de presença, etc e tal, não são remuneração. Pois é! Mas o que se há-de esperar de quem propõe cortes nas pensões do "Zé povinho" excetuando as pensões dos políticos e juízes do TC???!!! (Apesar de últimas notícias darem como efetivos também esses cortes aqui)

 Na verdade, já é tudo à descarada! Considerando que a senhora doutora Luísa Araújo podia até ser a pessoa mais competente e indicada para o desempenho de funções no conselho científico da referida fundação, mas o seu digníssimo esposo é ministro da educação e cultura, e corresponsável por centenas e centenas de professores, válidos e competentes, estarem no desemprego, sem perspetiva de vida futura, mesmo tendo todo o interesse do mundo em desempenhar as funções para as quais obtiveram formação efetiva nas escolas e universidades creditadas pelo mesmo Ministério da Educação. Ou será que não, e eu encontro-me no meio de um pesadelo mediático?!

Será caso que o ministro ainda não percebeu que se encontra no cento da polémica instalada?! Considero que o Ministério da Educação e Cultura que efetivou/concretizou (ou outros "ou" que lhe queiram chamar) esta nomeação devia ter isso em atenção, já que a mulher do ministro, professora Luísa Araújo, não teve essa atenção quando manifestou interesse em desempenhar essas funções.

Parece que moralidade e ética procuram-se em Portugal! Tenham vergonha!

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