Eis que este sábado surge a notícia que a mulher do ministro da
educação e cultura, professora Luísa Araújo, foi nomeada pelo Ministério
da Educação e Cultura como membro do conselho científico das Ciências
Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Pelo que o ministro da educação e cultura, Nuno Crato, se veio a
adiantar dizendo que nada teve a ver com o processo de nomeação da
mulher para o cargo, bem como depressa o seu ministério advertiu que
este cargo não tem remuneração efetiva. Agora pergunto eu: -
Eeeeeee????? Quanto a mim deve ser "função não remunerada" ao estilo de
Sócrates comentador político na RTP! Na verdade, por mais estranho que
pareça, a classe política no nosso país considera que ter motorista,
ajudas de custo, senhas de presença, etc e tal, não são remuneração.
Pois é! Mas o que se há-de esperar de quem propõe cortes nas pensões do
"Zé povinho" excetuando as pensões dos políticos e juízes do TC???!!!
(Apesar de últimas notícias darem como efetivos também esses cortes aqui)
Na
verdade, já é tudo à descarada! Considerando que a senhora doutora
Luísa Araújo podia até ser a pessoa mais competente e indicada para o
desempenho de funções no conselho científico da referida fundação, mas o
seu digníssimo esposo é ministro da educação e cultura, e
corresponsável por centenas e centenas de professores, válidos e
competentes, estarem no desemprego, sem perspetiva de vida futura, mesmo
tendo todo o interesse do mundo em desempenhar as funções para as quais
obtiveram formação efetiva nas escolas e universidades creditadas pelo
mesmo Ministério da Educação. Ou será que não, e eu encontro-me no meio
de um pesadelo mediático?!
Será caso que o ministro ainda
não percebeu que se encontra no cento da polémica instalada?! Considero
que o Ministério da Educação e Cultura que efetivou/concretizou (ou
outros "ou" que lhe queiram chamar) esta nomeação devia ter isso em
atenção, já que a mulher do ministro, professora Luísa Araújo, não teve
essa atenção quando manifestou interesse em desempenhar essas funções.
Parece que moralidade e ética procuram-se em Portugal! Tenham vergonha!
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